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Bahia cogita fechar cervejarias como medida de combate à pandemia

 

Foto: reprodução

por Jade Coelho

A Bahia avalia fechar cervejarias no estado como medida de combate a um novo crescimento de casos a agravamento da pandemia da Covid-19. A possibilidade foi reconhecida pelo secretário estadual da Saúde, Fábio Vilas-Boas, nesta segunda-feira (24). Tem sido recorrente a dispersão de aglomerações em festas clandestinas nos fins de semana tanto no interior quanto na capital, e o fato tem preocupado a gestão estadual. Na avaliação do secretário, a bebida é o grande “vilão”, principalmente a cerveja. Ele acredita que estão entre os maiores responsáveis pelas aglomerações causadas por festas clandestinas. “Ninguém faz um reggae desse aí sem estar movido a cerveja, que é a bebida mais consumida na Bahia”, sinalizou. Diante disso, Vilas-Boas afirmou “vai chegar o dia que nós teremos que fechar fábricas de cerveja na Bahia”. O secretário fez a afirmação durante entrevista ao Jornal da Manhã, na TV Bahia. O titular da Sesab reforçou o argumento citando dados divulgados neste fim de semana que mostram que o volume de vendas de cerveja no Brasil em 2020 foi o maior dos últimos seis anos. Foram comercializados 13,3 bilhões de litros, perdendo só para 2014, ano em que o país sediou a Copa do Mundo. Na Bahia estão instaladas cervejarias como a do grupo Petrópolis, Ambev, Heineken, entre outras.

O consumo prolongado tanto do álcool quanto do cigarro inibe a resposta imunológica do organismo, propiciando o surgimento de infecções, por exemplo. As respiratórias são bastante comuns. Segundo a alergista e imunologista Cristina Abud, os que mais abusam do álcool correm risco maior de sofrer com estas complicações. A médica alerta ainda que aqueles que já possuem maior tendência a desenvolver esse tipo de infecção e costumam beber muito precisam, necessariamente, maneirar na bebedeira caso queiram evitar maiores complicações. De acordo com Cristina, o álcool dificulta o reconhecimento imediato de micro-organismos invasores. “O consumo em excesso de álcool afeta receptores de uma célula que são responsáveis pelo reconhecimento de patógenos (agentes causadores de doenças). Assim, fica difícil identificar de imediato micro-organismos invasores, como vírus e bactérias. Isso também interfere em algumas citocinas e, no fim das contas, determina em um aumento no processo inflamatório”, explica.

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