Abatedouro de MG que vendia carne de cavalo como de boi é fechado pela polícia
Por José Vítor Camilo,
Quatro pessoas foram presas pela Polícia Civil em um abatedouro clandestino, no município de Mercês, na Zona da Mata, que estaria vendendo carne de cavalo para um açougue na região de Ubá, também na região. Os homens de 28, 29, 42 e 44 anos foram presos na última segunda-feira (16) por falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produtos alimentícios. Com o apoio da Polícia Militar (PM), os agentes montaram uma campana após os levantamentos iniciais, que constataram que o imóvel era utilizado para o abate ilegal de equinos. Durante a ação, dois animais que já tinham sido abatidos foram localizados no local. De acordo com o delegado Yury Bueno Campos, após a prisão, um dos suspeitos confessou que levou os cavalos ao local para serem abatidos e, depois, vendidos para um açougue da região. As investigações apontaram ainda que até mesmo a carne de cavalos com doenças eram comercializadas pelos suspeitos. "Os animais também estavam em situação de vulnerabilidade e não havia o cumprimento das normas vigentes", explica o delegado regional de Ubá, Diêgo Candian. A venda de carne de cavalo no Brasil é regulamentada pelo artigo 10 do decreto 9.013 de 29 de março de 2017. O texto diz, no entanto, que os cavalos, assim como todos os outros animais cuja carne pode ser vendida em açougues, precisam ser abatidos em estabelecimentos sob inspeção veterinária, o que não ocorre em abatedouros clandestinos.
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